Juan Lasserre: Inmigrante francés y periodista rioplatense (1826-1850)

Recientemente (agosto de 2019) la revista HISTÓRIA (São Paulo) editó en su Vol. 38, N° 2, un dossier sobre A IMPRENSA FRANCÓFONA NAS AMÉRICAS NOS SÉCULOS XIX E XX, coordinado por los Dres. Valeria dos Santos Guimarães (Brasil), Guillaume Pinson (Canadá) y Diana Cooper-Richet (Francia). El dossier refleja el trabajo continuo de la red TRANSFOPRESS, especializada en el estudio de la prensa periódica en lenguas extranjeras respecto de los idiomas nacionales de cada país. El número de la revista -y la revista completa- puede consultarse en: http://historiasp.franca.unesp.br/a-revista/. Las actividades de la Red Transfopress pueden consultarse en: http://transfopressbrasil.franca.unesp.br/ y https://transfopresschcsc.wixsite.com/transfopress. En este número, nuestra cátedra colaboró con dos artículos. Uno de ellos el que presentamos a continuación, y que revisa el recorrido de Juan Lasserre entre sus inicios de la actividad periodística en Buenos Aires, y su última experiencia periodística junto a Urquiza en Concepción del Uruguay. La figura de Lasserre es significativa en varias dimensiones del desarrollo del periodismo en Argentina y Uruguay, y también posee protagonismo en actividades militares en mar y tierra, así como en negocios particulares y redes familiares que lo emparentan con los Mármol y los Seguí, entre otras redes de parentesco. Su hijo Augusto logró una larga y exitosa carrera naval, con participación en combates, en exploraciones cartográficas e incluso en la fundación de la futura ciudad de Ushuaia.

El artículo completo puede obtenerse en: http://historiasp.franca.unesp.br/juan-lasserre-inmigrante-frances-y-periodista-rioplatense-1826-1850/

Abstract

Juan Lasserre: Imigrante francês e jornalista do Río de la Plata (1826-1850)

Juan Lasserre, imigrante francês que chegou a Buenos Aires em mid da década de 1820, foi pioneiro na imprensa francófona e protagonista do jornalismo na região do Río de la Plata ao longo de um quarto de século, entre 1826 e 1850.

Apesar de não ser o primeiro francês com a participação no jornalismo local, ele foi o primeiro a fazê-lo de forma contínua e sistematicamente, e alcançar certas iniciativas notoriedade, mesmo antes do surgimento e da fama do suíço- frances César Hipólito Bacle e a sua oficina litográfica . Mas seu jornalismo foi cortada uma e outra vez pelas circunstâncias do contexto: prisões, julgamentos, fechamentos, as dificuldades em alcançar a viabilidade econômica de seus empreendimentos jornalísticos, os banimentos no contexto de guerras civis rioplatenses, compõem uma grande parte de sua vida na região.

Tais circunstâncias são semelhantes às vividas por outros jogadores franceses na imprensa periódica argentina no mesmo período, como o já mencionado Bacle, entre outros, em que o jornalismo não garantem a sua sustentabilidade só no mercado de leitores e anúncios, mas deve adaptar-se a uma forte dependência do Estado e das facções políticas que lutaram pelo controle do governo. A necessidade de esses jornalistas de compreender e adaptar-se a essas circunstâncias para exercer o jornalismo, ou na sua falta, deixando a possibilidade de seu exercício e se envolver em outras atividades, contrasta com as muito diferentes condições que viviam os franceses que participaram no jornalismo rioplatense no período seguinte, a partir da década de 1850.

Neste trabalho é explorado as características da intervenção jornalística de Lasserre entre o seu primeiro jornal, publicado em 1826, e o último, publicado em 1850, no contexto das circunstâncias históricas em que viveu. Observa-se que seu discurso foi inovador em vários aspectos relacionados com o uso da língua francesa no jornalismo local, bem como a estratégia retórica do jornal, mas não as características gerais e forma de suporte econômico, típico do jornalismo do Río de la Plata do seu tempo. Observa-se também, em sucessivas residências com atividade jornalística em Buenos Aires, Montevidéu, Paysandú e Concepción del Uruguay, uma crescente aceitação de sua dependência do poder político para exercer a atividade.

Juan Lasserre: French immigrant and Río de la Plata journalist (1826-1850)

Juan Lasserre, a French immigrant who arrived in Buenos Aires in the mid-1820s, pioneered the French-speaking press in the region, and played a leading role in Rio de la Plata journalism for a quarter of a century between 1826 and 1850.

Although he was not the first Frenchman with participation in local journalism, he was the first to do it in a continuous and systematic, and to achieve some notoriety with initiatives, even before the arrival and fame of the Swiss-French César Hipólito Bacle and his lithographic workshop. But his journalistic activity was truncated again and again by the circumstances of the context: arrests, trials, closures, difficulties to achieve economic viability of his journalistic endeavours, need to engage in other more lucrative activities, exile in the context of Río de la Plata civil wars, make up much of his life in the region.

Such circumstances are analogous to those experienced by other French protagonists of the argentine periodical press during the same period – such as Bacle, among others – in which journalistic activity did not guarantee its sustainability only in the market of readers and advertisements, to adapt to a strong dependency on the State and the political factions that fought for the control of the government.

The need of these journalists to understand and adapt themselves to these circumstances to exercise journalism, or failing that, to abandon the possibility of its exercise and engage in other types of activities, contrasts with very different conditions experienced by the French who participated in journalism in the following period, from the 1850s.

This paper explores the characteristics of Lasserre ‘s journalistic intervention between his first periodical published in 1826 and the last published in 1850 in the context of the historical circumstances in which he lived. It is observed that his intervention was innovative in several aspects related to the use of the French language in local journalism, as well as to the rhetorical strategy of the newspaper, although not in the general characteristics and way of supporting it, typical of the Rio de la Plata journalism.

It is also observed, along successive residences with journalistic activity in Buenos Aires, Montevideo, Paysandú and Conception of Uruguay, a growing acceptance of its dependence of the political power to exert the activity.